Focando as
Chaves
Num certo
momento, Robert disse “A decodificação dos sistemas esotéricos está agora ao nosso
alcance. Eles são ocultos porque são escritos especificamente para as escolas.
Não há mal-entendidos entre escolas. O conhecimento objetivo tem a mesma voz, mesmo
separado por milênios.” Quando as chaves foram encontradas nos
trabalhos egípcios, ele concluiu, “Seguimos os rios das escolas e alcançamos o
grande oceano – o Egito.”
Nossa tarefa
agora seria fazer tudo o que pudéssemos para compreender o que as escolas antes
de nós – especialmente a escola original no Egito – já haviam alcançado.
Deparando-se com
os Trinta “Eus” de Trabalho
Alguns meses
mais tarde, em janeiro de 2005, alguém leu uma citação para Robert de um sufi,
Attar sobre apenas trinta pássaros que alcançaram seu destino divino.
Ele suspeitou
que escolas anteriores usaram tradicionalmente apenas trinta *“eus” de
trabalho. Robert tentou determinar o que os trinta poderiam ser e, em alguns
meses, enquanto estava no Egito, ele organizou uma lista. Logo depois, a lista
foi composta por palavras de uma silaba, quando Robert ouviu esta citação de
Omar Khayham: “Não há mais que
uma sílaba entre a dúvida e a certeza” – não há mais que um ‘eu’ de
trabalho de uma
sílaba entre a imaginação e a presença.
Robert viu
imediatamente a magnitude objetiva dos trinta ‘eus’ de trabalho. “Os trinta ‘eus’de
trabalho são muito importantes,” disse ele “ Dê-lhes algum tempo e vocês verão como
eles se tornarão uma parte muito importante de seu trabalho.
Uma qualidade
peculiar desses trinta ‘eus’ de trabalho é que eles nos removem completamente do
retrato imaginário de quem somos nós e nos trazem para a realidade de
quem somos nós”.
Com esse nível
de simplicidade, Robert sentiu que acessamos a essência do sistema e a corrente
das escolas conscientes. Ele então se concentrou em estudar a chaves da Antiga
Escola Egípcia porque, como ele disse, o sistema foi aperfeiçoado na primeira
escola do Egito. Eles foram os primeiros a definir precisamente o problema e a
solução, e a sua apresentação das chaves tem a vantagem de ser a mais simples
de todas as escolas. Seus símbolos – como os ‘eus’ de trabalho mínimos -
ultrapassam os centros inferiores e vão diretamente à *essência
e aos *centros superiores.”
O Achado da
Sequência de Seis ‘Eus’ de Trabalho
Ao usar os
trinta ‘eus’ de trabalho, Robert se deu conta que a questão não era ter ‘eus’ de
trabalho indefinidamente, pois o *ser inferior acaba nos atraindo para longe desses esforços.
Um objetivo mais realista é alcançar o *BE longo e deixar para trás todos os ‘eus’ -
entrar em presença prolongada. Afinal de contas, este é o propósito dos ‘eus’ de
trabalho.
Robert começou a
fazer experimentos em atingir o BE
longo em alguns passos e logo depois ouviu essa citação definitiva da
Filocalia: “Atingimos a libertação do pecado (imaginação) em seis passos.” Ele
então procurou a confirmação disso em outras escolas e encontrou exatamente a
mesma coisa. Por exemplo, a pirâmide de seis degraus de Saqqara, a criação
judaica do mundo em seis dias, seguida por um dia de descanso, Jesus subindo a
montanha depois de seis dias e experimentando a transfiguração, e Maomé
ascendendo os seis níveis de céu e atingindo o sétimo. Com isso, Robert
formulou e refinou a *sequência.
Simplicidade e
Dificuldade
Num momento
durante a pesquisa, Asaf leu para Robert
uma passagem do livro Egípcio, Jornada
ao Longo do Dia, que incluía a frase, “Reúna seus membros”. Robert repetiu-a:
“Reúna seus membros”....re-member yourself (re-membrar, juntar os
membros).” E então ele disse, “Portanto, a lembrança de si (self-remembering)
- a idéia central do sistema – vem, afinal de contas, do Egito.”
Asaf respondeu
que agora o que possuímos como uma escola não são mais apenas fragmentos e não
é mais um ensinamento desconhecido. Robert concordou: “Sim,recebemos a graça
de ir além da exposição fragmentária e recebê-la na sua forma completa. É
surpreendente como sua forma completa foi preservada num fluxo ininterrupto de
conhecimento esotérico, de escola para escola, por mais de 6000 anos.”
Robert observou
mais tarde que “O sistema não é complicado. A sequência é sabedoria divina
que engaja presença divina. A sequência localiza a presença.
Quando você faz
uma sequência bem-sucedida que prolonga a presença, entende tudo sobre o
Egito e as outras escolas.”
Ele também nos
faz lembrar que há um preço alto a pagar - com um novo nível de esforço – por
esse conhecimento sagrado: “É extremamente difícil ter um ‘eu’ de trabalho que
engaje a presença. E em relação à sequência: É a mais difícil de todas as coisas.
Parece ser fácil dizer seis sílabas, mas há uma enorme resistência do ser inferior. Existe
uma emboscada em virtualmente cada um dos ‘eus’ da sequência.
Engajar e
sustentar a presença requer tudo o que temos.”
Herdeiros
de uma Tradição Consciente
“Pode
ser,” disse Robert “que cada escola tenha que redescobrir as chaves. Não podemos
ter certeza, mas, definitivamente, é assim que experimentamos a evolução.
Também nos habilita a valorizar as chaves - o significado interno, esotérico -
ainda mais, especialmente tendo trabalhado por três décadas sem elas.”
Agora
que estamos em nossa quarta década, nos encontramos em alinhamento com a
tradição consciente das escolas. De pé sobre seus ombros, e olhando para trás, temos
uma visão ampla e sem precedentes de todas elas. Essa visão também oferece o insight
único sobre a Antiga Escola Egípcia que primeiro compilou o sistema em sua
forma esotérica.
Como
diz Robert, “Tudo já foi dito e feito pelas escolas que nos precederam. Agora é
nossa tarefa nos elevarmos ao seu nível de compreensão e aproveitar aquilo que
nos deixaram para nosso beneficio”.
Glossário
*
“EUS”. As emoções, as sensações e os pensamentos efêmeros que tomamos como
expressão de nós mesmos no momento em que ocorrem, destacando-se a sua
expressão através de palavras pelo CENTRO INTELECTUAL. As pessoas têm uma
quantidade enorme de “eus”, muitos dos quais são contraditórios, mas
normalmente deixam de percebê-los.
*EUS
DE TRABALHO: Eus que nos lembram de fazer esforços para avançarmos em nosso
trabalho para o despertar.
*ESSÊNCIA. As
qualidades de uma MÁQUINA humana que são herdadas no nascimento, tais como as
características físicas, TIPO FÍSICO, CENTRO DE GRAVIDADE e ALQUIMIA. Na
maioria das pessoas, a essência se desenvolve apenas durante os primeiros seis
ou sete anos das suas vidas, após os quais ela é encoberta em grande parte pela
FALSA PERSONALIDADE. Consequentemente, uma experiência da essência é com
frequência acompanhada por uma sensação de liberdade pueril e de leveza.
Entretanto, no caminho do despertar ensinado por Robert Burton, a essência deve
ser educada e desenvolvida além desse estado infantil.
*CENTROS
SUPERIORES. O centro emocional superior e intelectual superior. O centro
emocional superior é capaz de perceber as conexões existentes entre todas as
coisas e é a sede da compaixão e do amor consciente. O centro intelectual
superior percebe as leis que governam todas as coisas e é a sede da sabedoria
consciente.
*SEQUÊNCIA: É uma
ferramenta dividida em seis partes, que é utilizada para que conectarmos com os
nossos centros superiores.
*BE longo, última parte da Sequência
*SER INFERIOR: É
a parte dentro de nós que se opõe em fazer o trabalho espiritual.
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