quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Evolução de nossa Escola parte I


Uma perspectiva de como nossa escola descobriu o sistema na sua forma esotérica – as chaves – e como, com isso, transcendemos a forma exotérica – o quarto caminho – para alcançar um novo patamar de compreensão como escola.

A Linhagem das Escolas

Evolução para uma escola esotérica significa ser capaz de compreender objetivamente a linhagem das escolas anteriores e se alinhar com elas. A primeira escola conhecida no Egito apresentou os métodos para se estar presente de uma forma tão completa que nenhuma escola por seis mil anos teve que alterar, inovar ou adicionar qualquer coisa a ela. Apesar de escolas posteriores terem adaptado o sistema egípcio à sua própria era, a sua tarefa principal foi sempre compreender e transmitir o que foi formulado anteriormente. Ou seja, o problema de lidar com a imaginação, e a solução de usar ‘eus’ de trabalho para promover a presença sempre foram os mesmos. Neste sentido, todas as escolas são a mesma escola, se desenvolvendo­­-se e incorporando-se à Antiga Escola Egípcia.

O Quarto Caminho e a Fraternidade de Amigos

Robert E. Burton criou nossa escola na tradição do Quarto Caminho de George Gurdjieff,Peter Ouspensky, Rodney Collin e Alex Horn. A essência do ensinamento deles era a lembrança de si, estar presente através da atenção dividida – e Robert clarifica esta idéia central mais que qualquer dos seus predecessores. Fazendo isso, ele apontou que o obstáculo mais prevalente para a lembrança de si é a imaginação. Em suas palavras, “O que nos impede de estar presentes é sermos arrastados para a imaginação.” Mas os centros superiores não estão completamente alertados para a enormidade do problema. Eles não estão desenvolvidos o suficiente para resistir à imaginação.

Como Reconhecer uma Escola

O Sr Ouspensky sabia que a imaginação era um obstáculo para a presença e sabia que uma escola era necessária para conquistá-la. Ele também se deu conta de que uma escola real, em contraposição a um grupo, é conectada à mesma fonte e possui o mesmo conhecimento - as chaves exatas e métodos objetivos – que todas as escolas anteriores na história.
Em 1930, o Sr. Ouspensky comentou, “Ainda tenho certeza de que há uma grande fonte de onde nosso sistema veio. O Sr. Gurdjieff deve ter tido contato com essa fonte, mas eu não acredito que tenha sido um contato completo. Alguma coisa está faltando. E ele não foi capaz de encontrá-la. Se não podemos achá-la através dele, nossa única esperança é ter um contato direto com a fonte; nossa única esperança é de que a fonte nos encontre. É por isso que estou dando estas palestras.”
Ele estava admitindo que, através do uso dos fragmentos de conhecimento que ele tinha recebido do Sr. Gurdjieff, ele tinha formado um grupo para tentar atrair a influência da escola superior.

 A Descoberta das Chaves

Cinco anos depois, em 1935, o Sr Ouspensky se deu conta de que, “Alguma coisa está faltando no sistema. Se o homem foi feito para a lembrança de si, deve ter existido um método simples, mas foi perdido. Nunca consegui encontrá-lo. Uma vez,na Índia, escutei um eco de tal método. Se você encontrar o método, poderá
encontrar a fonte.” Notavelmente, é isso que aconteceu quando Robert começou a trabalhar com Asaf, seu secretário naquele momento.
Robert já suspeitava que a Bíblia tinha sido escrita em código –que seu significado externo não tinha um sentido real. – isto foi confirmado à medida que ele teve novo insight sobre o significado interno.
Como relata Asaf, isso começou quando o Robert se deu conta que a história do Antigo Testamento sobre o sonho de Salomão incluía uma frase que não fazia sentido externamente: “Não sei como sair ou entrar.” Robert concluiu, “Isto deve estar em código. Um mordomo jovem não sabe como sair da imaginação ou entrar na presença.”
Foi a primeira de muitas descobertas sobre o significado esotérico da Bíblia, o que levou a descobertas semelhantes na literatura sufi, no tarô, nas catedrais góticas, no Alcorão, na Filocalia, no Mahabharata e na arte e literatura egípcias entre outros.





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