Uma perspectiva de como nossa escola descobriu o sistema na
sua forma esotérica – as chaves – e como, com isso, transcendemos a forma exotérica – o
quarto caminho – para alcançar
um novo patamar de compreensão como escola.
A
Linhagem das Escolas
Evolução
para uma escola esotérica significa ser capaz de compreender objetivamente
a linhagem das escolas anteriores e se alinhar com elas. A primeira escola
conhecida no Egito apresentou os métodos para se estar presente de uma forma
tão completa que nenhuma escola por seis mil anos teve que alterar, inovar ou
adicionar qualquer coisa a ela. Apesar de escolas posteriores terem adaptado o
sistema egípcio à sua própria era, a sua tarefa principal foi sempre
compreender e transmitir o que foi formulado anteriormente. Ou seja, o problema
de lidar com a imaginação, e a solução de usar ‘eus’ de trabalho para promover
a presença sempre foram os mesmos. Neste sentido, todas as escolas são a mesma
escola, se desenvolvendo-se e incorporando-se à Antiga Escola Egípcia.
O
Quarto Caminho e a Fraternidade de Amigos
Robert E.
Burton criou nossa escola na tradição do Quarto Caminho de George
Gurdjieff,Peter Ouspensky, Rodney Collin e Alex Horn. A essência do ensinamento
deles era a lembrança de si, estar presente através da atenção dividida – e
Robert clarifica esta idéia central mais que qualquer dos seus predecessores. Fazendo isso,
ele apontou que o obstáculo mais prevalente para a lembrança de si é a
imaginação. Em suas palavras, “O que nos impede de estar presentes é sermos
arrastados para a imaginação.” Mas os centros superiores não estão
completamente alertados para a enormidade do problema. Eles não estão
desenvolvidos o suficiente para resistir à imaginação.
Como
Reconhecer uma Escola
O Sr
Ouspensky sabia que a imaginação era um obstáculo para a presença e sabia que
uma escola era necessária para conquistá-la. Ele também se deu conta de que uma
escola real, em contraposição a um grupo, é conectada à mesma fonte e possui o
mesmo conhecimento - as chaves exatas e métodos objetivos – que todas as
escolas anteriores na história.
Em
1930, o Sr. Ouspensky comentou, “Ainda tenho certeza de que há uma grande fonte
de onde nosso sistema veio. O Sr. Gurdjieff deve ter tido contato com essa fonte,
mas eu não acredito que tenha sido um contato completo. Alguma coisa está faltando.
E ele não foi capaz de encontrá-la. Se não podemos achá-la através dele, nossa
única esperança é ter um contato direto com a fonte; nossa única esperança é de
que a fonte nos encontre. É por isso que estou dando estas palestras.”
Ele
estava admitindo que, através do uso dos fragmentos de conhecimento que ele
tinha recebido do Sr. Gurdjieff, ele tinha formado um grupo para tentar atrair
a influência da escola superior.
A
Descoberta das Chaves
Cinco
anos depois, em 1935, o Sr Ouspensky se deu conta de que, “Alguma coisa está
faltando no sistema. Se o homem foi feito para a lembrança de si, deve ter existido
um método simples, mas foi perdido. Nunca consegui encontrá-lo. Uma vez,na
Índia, escutei um eco de tal método. Se você encontrar o método, poderá
encontrar
a fonte.” Notavelmente,
é isso que aconteceu quando Robert começou a trabalhar com
Asaf, seu secretário naquele momento.
Robert
já suspeitava que a Bíblia tinha sido escrita em código –que
seu significado externo não tinha um sentido real. – isto foi
confirmado à medida que ele teve novo insight sobre o significado
interno.
Como relata
Asaf, isso começou quando o Robert se deu conta que a
história do Antigo
Testamento sobre o sonho de Salomão incluía uma frase que não fazia sentido
externamente: “Não sei como sair ou entrar.” Robert concluiu, “Isto deve estar
em código. Um
mordomo jovem não sabe como sair da imaginação ou entrar na presença.”
Foi
a primeira de muitas descobertas sobre o significado esotérico da Bíblia,
o que levou a descobertas semelhantes na literatura sufi, no tarô, nas catedrais
góticas, no Alcorão, na Filocalia, no Mahabharata e na arte e literatura egípcias
entre outros.
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